quinta-feira, 19 de julho de 2012

Um homem com tomates!

TESTE DE SCROLL

Quando era miúdo,expressões como: - "aquele sim, é um homem com tomates!" ou "é preciso ter tomates para fazer o que ele fez!", deixavam-me um tanto confuso, pois a única pessoa que eu via que tinha tomates (por sinal, grandes e bons) era o merceeiro lá da esquina e que, diga-se em abono da verdade, era uma figura de aspecto franzino, óculos tipo "fundo de garrafa" e que falava "axim".

À primeira vista, não se vislumbrava nele qualquer característica especial que nos permitisse esperar dali grandes façanhas.

No entanto, aquelas expressões induziam-me a pensar que o "marçano pacóvio e caixa d'óculos" era um homem admirado pela bravura de alguns dos seus actos, bravura essa que parecia ser-lhe conferida pela posse de alguns tomates.

Eu que, à época, era bem franzino (chegaram até a apelidar-me de "isca de fígado"), sempre acalentei a esperança de um dia vir, também, a possuir tomates.

Mas a inexorável corrida do tempo trouxe-me até esta idade, "dura como cornos", sem nunca ter tido a oportunidade de concretizar aquele sonho.

Chegado à reforma, "repleta de subsídios e mordomias", senti estarem reunidas as condições ideais para retomar o assunto que tinha estado na "prateleira" durante anos a fio .

Vai daí, iniciei, há cerca de 3 anos, a cultura intensiva de tomates na minha pequena horta (entenda-se, aqui, como intensiva, uma cultura feita "com imensa trabalheira").

Sem falsas modéstias, acho que não me tenho saído nada mal desta tamanha odisseia que é a de me tornar num homem com tomates!

Cá por casa e nos últimos anos, não têm faltado tomates!

Ele é tomates marmande, ele é coração de boi, ele é redondo, ele é Roma ...

É salada de tomate, é sopa de tomate, é puré de tomate, é compota de tomate ...

Este ano adivinha-se, já, uma safra abundante e sinto orgulho nos meus tomates.

Além de os ter para todos os gostos, o seu calibre é de fazer inveja ao Padre Inácio!

Tenho orgulho nos meus tomates e fico com uma sensação de peito inchado, sempre que me olho ao espelho e digo para mim próprio: - Sou um homem com tomates!
E os meus tomates estão na horta, que é o sítio deles, até que sejam colhidos!

Portanto, posso também afirmar com toda a propriedade, que "os tenho no sítio!"

Conhecendo, como conheço hoje, o verdadeiro significado destas expressões, sinto-me na obrigação moral de manter uma postura condizente com aqueles predicados.

Infelizmente, "nem tudo o que reluz é oiro" e, encontrando-me eu numa destas noites quentes de luar, sentado no pátio, com a luz acesa, a fumar mais um "estupor" de um cigarro, vejo vir na minha direcção em voo picado (talvez atraída pela luz), uma ave de porte considerável que me fez dar um salto na cadeira tal, que muito poucos, com a minha idade, se poderão gabar ser capazes de efectuar.
A "levitação" foi de tal ordem que o pobre do animal deu um grito agudo e bateu em retirada apressada!

Segundo apurei mais tarde, tratar-se-ia de um mocho. Coitado, que grande susto eu lhe preguei!

Digam o que disserem, eu tenho tomates, tenho-os no sítio e posso prová-lo!

Um homem com tomates

INTERESSANTE EXPOSIÇÃO SOBRE A CULTURA DE TOMATES

Quando era miúdo,expressões como: - "aquele sim, é um homem com tomates!" ou "é preciso ter tomates para fazer o que ele fez!", deixavam-me um tanto confuso, pois a única pessoa que eu via que tinha tomates (por sinal, grandes e bons) era o merceeiro lá da esquina e que, diga-se em abono da verdade, era uma figura de aspecto franzino, óculos tipo "fundo de garrafa" e que falava "axim".

À primeira vista, não se vislumbrava nele qualquer característica especial que nos permitisse esperar dali grandes façanhas.

No entanto, aquelas expressões induziam-me a pensar que o "marçano pacóvio e caixa d'óculos" era um homem admirado pela bravura de alguns dos seus actos, bravura essa que parecia ser-lhe conferida pela posse de alguns tomates.

Eu que, à época, era bem franzino (chegaram até a apelidar-me de "isca de fígado"), sempre acalentei a esperança de um dia vir, também, a possuir tomates.

Mas a inexorável corrida do tempo trouxe-me até esta idade, "dura como cornos", sem nunca ter tido a oportunidade de concretizar aquele sonho.

Chegado à reforma, "repleta de subsídios e mordomias", senti estarem reunidas as condições ideais para retomar o assunto que tinha estado na "prateleira" durante anos a fio .

Vai daí, iniciei, há cerca de 3 anos, a cultura intensiva de tomates na minha pequena horta (entenda-se, aqui, como intensiva, uma cultura feita "com imensa trabalheira").

Sem falsas modéstias, acho que não me tenho saído nada mal desta tamanha odisseia que é a de me tornar num homem com tomates!

Cá por casa e nos últimos anos, não têm faltado tomates!

Ele é tomates marmande, ele é coração de boi, ele é redondo, ele é Roma ...

É salada de tomate, é sopa de tomate, é puré de tomate, é compota de tomate ...

Este ano adivinha-se, já, uma safra abundante e sinto orgulho nos meus tomates.

Além de os ter para todos os gostos, o seu calibre é de fazer inveja ao Padre Inácio!

Tenho orgulho nos meus tomates e fico com uma sensação de peito inchado, sempre que me olho ao espelho e digo para mim próprio: - Sou um homem com tomates!
E os meus tomates estão na horta, que é o sítio deles, até que sejam colhidos!

Portanto, posso também afirmar com toda a propriedade, que "os tenho no sítio!"

Conhecendo, como conheço hoje, o verdadeiro significado destas expressões, sinto-me na obrigação moral de manter uma postura condizente com aqueles predicados.

Infelizmente, "nem tudo o que reluz é oiro" e, encontrando-me eu numa destas noites quentes de luar, sentado no pátio, com a luz acesa, a fumar mais um "estupor" de um cigarro, vejo vir na minha direcção em voo picado (talvez atraída pela luz), uma ave de porte considerável que me fez dar um salto na cadeira tal, que muito poucos, com a minha idade, se poderão gabar ser capazes de efectuar.
A "levitação" foi de tal ordem que o pobre do animal deu um grito agudo e bateu em retirada apressada!

Segundo apurei mais tarde, tratar-se-ia de um mocho. Coitado, que grande susto eu lhe preguei!

Digam o que disserem, eu tenho tomates, tenho-os no sítio e posso prová-lo!

Exposição do genealogista Ângelo da Fonseca

INTERESSANTE EXPOSIÇÃO APRESENTADA PELO GENEALOGISTA ÂNGELO DA FONSECA NO FÓRUM DO SITE www.geneall.net

“Talvez por razões da minha formação sempre gostei de trabalhar com números, pelo que quando o apelo à Genealogia se tornou mais forte, não pude deixar de associar a Matemática à Genealogia, de que me resultaram alguns pensamentos filosóficos sobre os parentecos entre as pessoas, como seguramente sucedeu com tantos de vós.
Assim sendo, aqui deixo à consideração dos demais Confrades para confrontação de ideias e discussão elevada das eventuais consequências genealógicas, os seguintes pensamentos:

1) Como consequência das lei da natureza na natalidade, em que cada indivíduo resulta obrigatóriamente de um só pai e de uma só mãe (conhecidos ou não), a nossa ascendência genealógica é regida pelas “potências de base 2?, isto é, pela função matemática de 2 levantado a n em que n é o número de gerações.

2) Isto aplicado ao universo português, e pensando-se apenas até à nacionalidade (geração do D. Afonso Henriques), implica o seguinte:


– Para pessoas da minha geração (meados do século XX), e com um erro máximo de 3 a 5 gerações, penso que todos estamos distanciados daquela época por cerca de 22 gerações, isto é, cada um de nós descende de 2 levantado a 22 = 4.194.304 indivíduos, sendo que metade destes, ou seja 2.097.152, pertencem à geração do D. Afonso Henriques, sendo metade homens e outra metade mulheres.

– Se generalizarmos isto à população portuguesa da minha geração, que serão alguns milhões de indivíduos (consideremos por exemplo 5 milhões), e a não haver qualquer parentesco entre os respectivos avoengos obrigaria a que na geração do D. Afonso Henriques tivessem de haver cerca de 5.000.000 x 2.097.152 = 10.000.000.000.000 indivíduos, isto é 10 biliões de almas!

3) Embora sem dados oficiais, se pensarmos que Lisboa tinha 60.000 em 1527, 100.000 em 1551 e 120.000 em 1620, talvez nem 500.000 pessoas houvessem no reinado de D. Afonso Henriques no espaço que Portugal veio a ocupar, pelo que não há suficientes avoengos distintos apara alimentar um único descendente da minha geração, quanto mais para alimentar os 5 milhões.

– Portanto, estes números comparados com o ponto anterior, implicam que se cada indivíduo da minha geração resultasse, em média, de todos os indivíduos da geração do D. Afonso Henriques, ainda assim alguns deles teriam de ser mais do que uma vez avoengos, e que, quanto mais se afastar um indivíduo desta média, mais avoengos repetidos terá de ter.

– Por outro lado, esta limitada base de indivíduos da geração do D. Afonso Henriques é comum aos estimados 5 milhões de descendentes actuais da minha geração, pelo que para distribuir tão poucos por tanta gente, implica que, em média, haja um elevado número de parentescos (milhares) entre os cinco milhões de descendentes actuais.

– Entre dois indivíduos da geração actual, de famílias actualmente distintas, em média, os parentescos serão mais frequentes nas gerações mais recuadas, diminuindo à medida que nos aproximarmos das gerações mais próximas.

– Em média, a probabilidade de um indivíduo ser descendente ou parente de outro aumenta com a distância geracional, ou dando um exemplo, é muito mais provável que os cada um dos 5 milhões de individuos actuais seja descendente ou parente do D. Afonso Henriques, do que do D. João IV ou menos ainda do D. Carlos I, e por isso não admira a diferença no número de bolas azuis e douradas no site do Genea.

– Em média, cada indivíduo da geração actual terá ascendentes com a maioria dos apelidos portugueses existentes, nomeadamente os mais antigos.
– Dos milhões de pessoas de que cada um descende, só conheceremos uma minoria, e que recuadamente serão os mais ilustres, não por senobismo ou presunção, mas porque terminados os paroquiais, a história só tem memória dos que se distinguiram pela sua nobreza, riqueza, inteligência, coragem, bondade, etc.

Muitas outras implicações se podem concluir desta análise, e a própria análise pode ser generalizada a épocas mais recuadas e espaços mais alargados, mas as conclusões seriam de sentido equivalente e uma coisa é certa a função 2 levantada a n tende para infinito e no infinito tudo se encontra, até as rectas paralelas.

Faço votos que estes pensamentos e sua discussão permitam melhorar o conhecimento da nossa Genealogia e do potencial como ferramenta para uma maior compreensão entre todos e em harmonia com as belas leis da natureza

Ângelo da Fonseca”

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Morangueiro

O vinho resultante da fermentação da uva americana é chamado de "vinho americano" nalgumas regiões do País, noutras de "morangueiro" e, ainda noutras (Açores) de "vinho de cheiro".
A vinha americana foi introduzida no País para fazer face ao surto de filoxera que estava a destruir as vinhas tradicionais. A sua comercialização está proibida há vários anos,  mais pela concorrência feroz que fazia aos vinhos tradicionais, do que pelos malefícios para a saúde propalados por algumas pessoas
Aliás, a União Europeia anunciou recentemente que pretende revogar a norma de 1995 que proíbe a sua comercialização no espaço comunitário.
Os malefícios para a saúde estão relacionados com a presença de metanol no vinho. O metanol é um composto altamente tóxico que ingerido, mesmo em pequenas quantidades, afecta severamente os olhos. Contudo, parece que a presença do metanol no vinho tem a ver mais com a má vinificação do que das características intrínsecas das uvas americanas. (Fonte - Wikipédia)
Neste contexto e prevendo eu, para o corrente ano, uma colheita assaz interessante de uva americana e pretendendo iniciar-me na arte de bem pisar uvas, com a proficiência que me é característica, vinha deixar um apelo aos entendidos no assunto, para que publiquem aqui algumas dicas para uma vinificação cuidadosa de modo a permitir-me saborear um morangueiro livre de metanol e produzido por "moi même".
Os meus agradecimentos.



2º Episódio - Sobe, sobe, feijão sobe...


O meu vizinho do lado que é de Matosinhos e comprou a casa na mesma altura que eu e percebe tanto de agricultura como eu de lagares de azeite, lembrou-se, há tempos, de semear feijões, tendo colocado várias estacas que suportavam uma rede por onde os feijões, na sua ânsia de subir na vida, começaram a trepar de forma bem acelerada.
Dava gosto vê-los crescer e não tardou muito para que o vizinho passasse a colher, diariamente,  uns bons punhados de vagens para o seu repasto, Chegou mesmo a oferecer-me umas quantas que viriam a complementar uma bela posta de pescada, batatas e cenoura cozidas - "bai lá bai, até o Barack Obama!".
Aquilo pareceu-me uma tarefa perfeitamente adequada à minha formação hortícola  - semear, regar e colher.
Já fervilhavam na minha mente ideias sobre as mil e uma maneiras de cozinhar feijão verde, quando uma rajada de vento atirou por terra a rede, estacas e feijões.
Na ausência do vizinho, envidei alguns esforços no sentido de levantar as estacas, os quais se tornaram infrutíferos, quer pelo peso de toda a estrutura, quer pelo vento que soprava com alguma intensidade, quer ainda, porque muitas das raízes tinham sido arrancadas da terra.
Este acontecimento que, compreensivelmente, provocou a desolação no vizinho, deu-me, a mim, ainda maior alento para me abalançar na produção massiva de "feijoada", com a sobranceria a vir ao de cima: "espera aí que já vais ver como se fazem umas estacas, à maneira, para feijões!".
Estudei o local apropriado, fiz várias medições, elaborei uma lista dos materiais necessários e fui às compras.
Numa serração aqui perto, encomendei as estacas com as medidas que resultaram dos meus apurados cálculos. Na drogaria, comprei arame plastificado, parafusos de aço e pregos. No horto, as sementes e o adubo.
Senti-me um guerreiro que efectuava os últimos preparativos para a batalha, com a convicção que dela sairia vencedor e a ansiedade apoderou-se de mim, e -  "guys, here I come!"
O projecto era completamente inovador! As estacas seriam enterradas na vertical, paralelas ao muro, do qual distariam uns 50 cm e, através da inserção perpendicular de suportes de design arrojado, far-se-ia uma acoplação enérgica à superfície superior mural de modo a proporcionar uma estabilidade horizontal que suportasse as investidas de quaisquer ventos alísios.
Dito de outra maneira: - "As gajas iam ficar amarradas ao muro e dali não sairiam, nem que chovessem picaretas!"
À martelada enterrei bem as estacas. Com o berbequim fiz furos no muro e coloquei buchas às quais aparafusei pedaços de ripas que também aparafusei às estacas. Ligando as estacas e fazendo uma espécie de entrelaçado, estendi arame plastificado prendendo-o àquelas com parafusos de aço.
Ao fim de várias marteladelas nos dedos, alguns arranhões nos braços e meia dúzia de palavrões, a obra estava terminada! Não houve derrapagens, não houve derrapagens, não houve derrapagens!
Contemplando a obra, confesso que senti uma pontinha de orgulho. Com efeito, aquela estrutura, além de estéticamente ter roçado a perfeição, em termos de robustez, estabilidade e segurança, nada ficava a dever às pirâmides do Egipto!
Foi construída há cerca de 4 anos e ainda ali está de pedra e cal!
Estava tudo a correr como o previsto e era, então, chegada a hora da "semeadura".
Abrem-se buracos na terra, enfiam-se os feijões, tapa-se, deita-se um pouco de adubo, rega-se e a natureza trata do resto.
Passados 3 ou 4 dias começam a espreitar os primeiros rebentos. Com os feijões é tudo muito rápido!
Mas, mas, mas .... os meus tardavam a trepar aquela  bela estrutura tão denodadamente executada para os acolher no seu seio.
Os dias iam-se passando e o raio dos feijões teimavam em manter-se meninos parecendo tudo fazer para evitar uma estrutura que estava desejosa de os guiar para voos mas altos.
Lamentando-me constantemente da minha triste sina, a Maria João lembrou-se, então, de lançar um olhar atento sobre a embalagem dos feijões e, com o sorrisinho que devem imaginar,  profere a seguinte frase:
- "OLHA LÁ, MAS ESTES SÃO FEIJÕES RASTEIROS!"
....
....
Olhando para ela e vendo aquele sorrisinho de gozo, fiquei com a nítida sensação que, mentalmente, trauteava a canção: - "sobe, sobe, feijão sobe..."
 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

As vicissitudes de um agricultor em construção

Em 2006 e na sequência de um AVC hemorrágico sofrido uns anos antes, fui reformado por invalidez e, embora tendo nascido no Alentejo, nunca fui adepto de ficar à sombra a ver o tempo passar (mesmo em dias de nevoeiro) não possuindo, portanto, os "dotes" tão característicos daquele povo,  até por que de lá saí muito novo (3 meses de idade, segundo julgo) e não terei tido tempo para assimilar aquela "molengueza".
Vai daí, decidimos (eu e a minha companheira), há uns anos atrás , comprar uma casita no campo onde pudessemos ocupar o tempo  na velhice .
Efectuada a respectiva escritura, tratei de adquirir alguma documentação que me auxiliasse nas tarefas do campo, já que, tendo todo o tempo do mundo, pretendia iniciar-me na arte de bem "agricultar".
Aconteceram, então, várias peripécias que me proponho ir relatando neste blogue se, para isso, tiver pachorra e tempo.

1º Episódio - A Horta:

Lida a documentação apropriada, efectuada alguma pesquisa na internet e adquiridos os materiais necessários, senti-me devidamente apetrechado para dar início à construção de uma horta intensiva em pouco mais de 2 palmos de terreno.
Algumas estacas, uns metros de manga de plástico, várias marteladelas nos dedos, etc., deram corpo a uma mini-estufa com traços de arquitectura naif.
Havia, agora, que lançar as sementes à terra. Assim o fiz, criando linhas de acordo com a espécie hortícola.
Todos os dias vigiando a estufa e regando a terra, lá começaram a aparecer os primeiros rebentos que fui deixando crescer até atingirem cerca de 10 cm de altura, após o que teria de seleccionar os mais vigorosos e os plantar ao ar livre, em local definitivo (diziam os livros).
Começaram os problemas! Em primeiro lugar porque fora das linhas também nasceram rebentos e, tragédia das tragédias, era tudo verde! Como havia eu de saber quais eram os tomates, quais eram os pepinos, quais o pimentos, etc., etc..
Não esmoreci e, valendo-me dos vastos conhecimentos adquiridos na "quasi-licenciatura" em autoclismática, fui-me a eles!
Os raquíticos, lixo! Os mais viçosos e vigorosos, para um "tuper-where", com muito cuidado e um pouco de água.
Estava eu muito entretido a "agricultar" quando, de repente, me aparece o Sr. Sá (o ex-proprietário que nos vendeu a casita) e atira:
- Sr. Magro, o que está a fazer?!
Eu, com ar de quem já percorreu a Europa toda a construir hortas, respondi :
- Então Sr. Sá, fiz uma estufa e semeei várias coisas (???) e, agora que já cresceram, deitei fora as mais fraquinhas e estas são para plantar noutro lado!
Resposta pronta do Sr. Sá:
- MAS ISSO SÃO URTIGAS!!!
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